Fazia tempo que eu não lia um livro que me fazia rir de um jeito inusitado e leve. O narrador de
O Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger, é perspicaz, irônico, mal humorado, melancólico e ao mesmo tempo singelo. Tem muitos trechos que eu gostaria de guardar, como este:
"A maioria das pessoas, são todos malucos por carros. Ficam preocupados com um arranhãozinho neles, e estão sempre falando de quantos quilômetros fazem com um litro de gasolina e, mal acabam de comprar um carro novo, já estão pensando em trocar por outro mais novo ainda. Eu não gosto nem de carros velhos. Quer dizer, nem me interesso por eles. Eu preferia ter uma droga dum cavalo. Pelo menos cavalo é humano, poxa(...)"